O galã clássico de Hollywood que topou filme adulto!

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Alguns antigos astros da era de ouro de Hollywood após certa idade voltaram ao estrelato em filmes B de horror. O galã Aldo Ray foi fazer filme pornográfico, no auge do gênero, na década de 70!

Aldo Ray já foi lembrado antes aqui no blog, quando Quentin Tarantino o homenageou em Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009). Astro de clássicos como Os Boinas Verdes (The Green Berets, 1968 de Ray Kellogg e John Wayne) e Veneno de Cobra (We're No Angels, 1955 de Michael Curtiz) ao lado de Humphrey Bogart e Peter Ustinov, caiu em desgraça ao afundar no alcoolismo.
Como precisava trabalhar topou participar de Sweet Savage (de Ann Perry), faroeste de sexo explícito filmado em 1978. Filmes adultos eram moda naquela época, o conceito de participar deles, diferente do que é hoje, significava quase uma revolução.

Mas isso, claro, não se aplicava a um astro com uma trajetória gigante em Hollywood, com uma indicação ao Globo de Ouro.  Mais tarde Aldo Ray se lembrou da hostilidade dos colegas quando souberam desse trabalho.
Ele disse que precisava de uma aventura descolada, recebeu alguns milhares de dólares pra passar uma espécie de férias no deserto.  “Mas eu sei que não fiz nada de errado!” sentencia, comemorando que ainda levou o Oscar da indústria pornô por aquela atuação.

Aliás, atuação sem sexo explícito, já que ele é o vilão asqueroso. Seu nome foi um excelente atrativo publicitário para promover o filme e nos créditos  iniciais aparece abaixo de Carol Connors, que já havia interpretado a solicita enfermeira de Garganta Profunda (Deep Throat, 1972 de Gerad Damiano).
Sweet Jane é uma das poucas produções a levar sexo para os faroestes, num tempo em que havia filmes do gênero sobre tudo e os spaghetti westerns já não tinham o mesmo fôlego. A história de uma índia que vira uma cidade de ponta cabeça tem esse mérito, além do astro.

Se analisarmos como um mero bang bang, sua presença ali faz sentido, mais personagem durão igual a qualquer outro que interpretou aos montes em grandes filmes. No ano seguinte Peter O'Toole e Helen Mirren apareceriam em Calígula, também cercados por sexo por todos os lados.

 A principal diferença está no dinheiro gasto nas produções e o verniz de “tem putaria, mas é filme de arte” que Tinto Brass e Bob Guccione deram a seu filme sobre o imperador romano. Sweet Jane é pobre e sujo e sem a menor vergonha do sensacionalismo.

Politicamente incorreto, martela aquele mito da sexualidade desacerbada dos nativos norte-americanos.  Não é preciso dizer que Sweet Jane encontrasse facilmente nos bons sites de vídeos adultos (num arquivo estranhamente dublado em francês!) e continua não valendo muita coisa além do nome famoso no elenco.

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