A outra esposa de Herman Monstro

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Tem lá seu lado chocante. Após todos estes anos soube-se que Lily Monstro não foi a primeira e única esposa da Família Monstro (The Munsters, 1964-66). 

No piloto (colorido!), inédito até ser bônus nos DVDs da série lançados no mercado internacional em 2007, a esposa atendia pelo nome de Phoebe. E mais! Ela era interpretada pela atriz Joan Marshall, a versátil atriz de Homicidal (1961 de William Castle).

Ela não está nada ruim, bem mais macabra do que a Lilly, mas os produtores acharam muito parecida à Morticia Addams, da série da emissora concorrente. Morticia por sua vez era calcada na Vampira, interpretada na TV pela Maila Nurmi na década de 50, mas isso já é outra história.

Também é outra história o comentado caso de espionagem industrial envolvendo Os Monstros e A Família Addams. As mães das famílias idênticas talvez configurasse o plágio de forma gritante.

 Marshal e Carolyn Jones, a Mortícia, ainda eram parecidas fisicamente, para azar da primeira que teve que dar tchau ao trabalho. Assim entrou na parada a Lily de Yvonne De Carlo com figurino similar ao da filha de Bela Lugosi no clássico A Marca do Vampiro (Mark of the Vampire, 1935 de Tod Browning ).

De Carlo, conta-se, estava decadente, deprimida, precisando pagar as contas médicas do marido. Na década de 60 a TV era ainda muito mal vista pelo povo do cinema, aceitar um personagem fixo no veiculo era preciso certo desprendimento.

 A atriz teve uma carreira “A” estranhamente rápida, que talvez algum fã possa explicar os motivos. Segundo o Refer me contou, ela foi muito popular no Brasil na segunda metade da década de 50, chegando a ter seu LP orquestrado por John Williams editado aqui.

Começando como dançarina e cantora, teve seu auge cinematográfico em papel de destaque no blockbuster Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments , 1956 de Cecil B. DeMille). Ironicamente seria agora mais lembrada como a bizarra matriarca televisiva e a tal da Phoebe entrou pra obscuridade.

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2Comentários

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  1. Verdade. Ilka Soares entrou para o cinema porque a acharam parecida com Ivone De Carlo.

    Recentemente, consegui cópia novinha do LP de IDC, made in USA, stereo. Sei que é coisa de boiola, não tô nem aí.

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  2. Refer, conseguiu!!! Quando conversamos a respeito (e eu fui reler os e-mails pra escrever este post) você estava em vias de.

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