Grêmio Recreativo Vingadores do Espaço

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Goldar, o robô gigante bonzinho

Rodak, o alienígena maquiavélico

O mal e o bem cara a cara

Bom avisar quem é o herói aí, porque se eu encontrasse com um robô gigante com esse cabelo daria no pé. Em compensação, o gliter no rosto do vilão me remete a enfeites natalinos, algo distante de qualquer perigo planetário.

Surpreende saber que Vingadores do Espaço (Space Giants/ Ambassador Magma) é uma série produzida em 1966. Pela qualidade técnica, fazendo uso de animação, chroma key e outros recursos, poderíamos apostar que fosse mais recente.

Se, claro, desconhecêssemos o tipo de seriado que a TV japonesa estava fazendo nos anos 70 em termos de tokusatsu, muito menos ingênuos. Ainda assim, bem cuidadoso, com um orçamento acima da média.

Tão moderno que no nosso país, estreou apenas em 73 pela Tupi, final da década na Record e na segunda metade dos anos 80 pela Bandeirantes (Band). Época em que o sucesso de Jaspion causou que antigos seriados japoneses ressurgissem.

O Show Maravilha no SBT trouxe de volta Spectreman. Como crianças não costumam envernizar nada de “cult”, essas exibições passaram batidas, sem fôlego para competir com os heróis recentes.

Continuaram a ser saudosamente reverênciadas apenas por quem as assistiu na infância. E agora, por quem tem curiosidade pelo que a televisão produziu por todo o planeta durante sua história.

Vingadores do Espaço tem uma origem muito nobre. Foi criado primeiro em mangá pelo papa Ozamu Tezuka, pai também de Astro Boy, A Princesa e o Cavaleiro e tantos outros.

Tezuka já tinha experimenta a transposição de seus desenhos para o live action com Astro Boy em 1960. Antes do personagem ganhar fama como o primeiro animé, muito melhor sucedido.

O robô gigante dourado foi levado para a TV com a intenção de competir com Ultraman que acabava de estrear com bons índices de audiência. Como principal diferencial, foi o primeiro seriado do gênero a ser fotografado em cores.

Interessante também que tanto os tons das cores quanto os ângulos de câmera lembravam a colorização e os enquadramentos de histórias em quadrinhos. Algo esteticamente parecido estava sendo feito também em 1966 nos EUA na clássica série Batman.

A estrutura dos episódios é semelhante a muitos outros programas. O vilão desperta alguns monstros gigantes e só o herói (após ser chamado por um garoto que toca três vezes um apito especial) para derrotá-lo, embora existam fios condutores que duravam cerca de quatro capítulos.

Visualmente é claro que a transposição literal do traço para o live-action parece estranho. Qual o sentido de um robô tem uma cabeleira longa e loira?

Ele não é realmente um robô, ou não era. Trata-se um gigante de 15 metros com uma armadura de ouro!

Quando começaram a filmar a série encontraram dificuldades em pintar o rosto do ator com pó de ouro. Durante as cenas de batalha, a maquiagem escorria com o suor mostrando a cara dele avermelhada.

A imagem do mangá é um oferecimento Black Sun

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