Novidades na restauração da Hammer

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O mitológico estúdio britânico Hammer Films se prepara para lançar seus clássicos em Blu-Ray restaurados em alta definição. Segundo informações da BBC, a promessa é de que além de áudio e imagem, os filmes terão cenas deletadas.

Entre os exemplos, a matéria cita um final estendido de O Vampiro da Noite (Dracula, 1958 de Terence Fisher). O trecho recém-descoberto foi tirado da edição final por ser forte demais para a época.

Imaginável que exista muito material nunca visto pelo histórico da companhia. Em se tratando de cinema fantástico, muitos cortes devem ter ocorrido nas exibições antigas, com censores muito mais rígidos.

Após seu auge entre as décadas de 50 e 60, quando inovaram ao filmar os monstros clássicos da literatura (então já esquecidos por Hollywood a favor dos radioativos e interplanetários), a Hammer deve problemas de público na década de 70. Seus filmes ficaram deslocados num período em que o terror mundial passou a abordar temas atuais e realistas.

Assim, eles (mais mutilados ainda) inundaram as programações da TV, porque acima de terem qualidade, seus direitos de exibição eram baratos como forma de fazer caixa. Infelizmente a massificação das reprises televisivas transformou muitos de seus grandes filmes em banalidades até a redescoberta na era do DVD.

Nomes como Terence Fisher raramente são postos no patamar de outros grandes diretores, embora tenham imprimido um estilo único em suas obras. Num esquema pouco comum de fazer cinema, produziram dezenas de títulos em sua maioria bons.

Atrás da restauração está o consórcio que a comprou em 2007. Detentor do catálogo e da empresa, também produz novas películas como A Mulher de Preto (The Woman in Black de James Watkins) a estrar este ano (2012) com Daniel Radcliffe.

Para os clássicos voltarem às prateleiras, estão contando com ajuda de estúdios hollywoodianos que ficaram reesposáveis pela distribuição internacional desde quando foram lançados no cinema. Além disso, pedem ajuda aos fãs para garimpar imagens de bastidores e possíveis sequencias antes descartadas, inéditas ou pouco vistas.

Foi assim que reencontraram os créditos originais do Reino Unido de Epidemia de Zumbis (Epidemia de Zumbis, 1966 de John Gilling). Para aumentar a ansiedade, estão sendo feitas entrevistas com elenco e técnicos para virar material bônus.

A primeria imagem é um oferecimento Star Stills

Veja também:
Eternas estrelas da Hammer
Epidemia de Zumbis: Proletariado do vodu
Muitos outros posts sobre a Hammer


[Ouvindo: Ansiedad – Guadalupe Pineda]

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