4 vezes Carlo Rambaldi

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Prelúdio para Matar (Profondo Rosso, 1975 de Dario Argento)

King Kong (1976 de John Guillermin)

Possessão (Possession, 1981 de Andrzej Zulawski)

E.T. - O Extraterrestre (E.T., 1982 de Steven Spielberg)

Sempre é estranho lembrar que existe algo em comum entre algum filme de Spielberg (ainda mais o fofo E.T.) com outros de cineastas como Argento e Zulawski. Havia o mestre italiano chamado Carlo Rambaldi.

Especialista na arte em dar vida a criaturas imaginárias nos filmes, num tempo distante da computação gráfica. Embora seus trabalhos fossem maquiagem, mecânicos e hidráulicos eram convincentes.

Quem assistiu á edição recauchutada com CG do próprio E.T., viu que mexeram em time que estava ganhando. A interação é bem diferente entre algo real, que estava no set, com humanos em filmes de forte apelo emocional.

Foi graças a este realismo que Rambaldi se destacou e ao mesmo tempo colocou o diretor Lucio Fulci numa fria. O cachorro torturado em Uma Lagartixa num Corpo de Mulher (Una lucertola con la pelle di donna, 1971) ficou tão verdadeiro que Fulci foi processado a dois anos de prisão por crueldade a animais.

Chegou a Hollywood quando o conterrâneo produtor Dino De Laurentiis ousou refilmar King Kong de 1933. A plateia 70’s precisava de algo mais natural que a arcaica técnica do stop motion empregada no macacão original.

Optaram pelo maquiador Rick Baker fantasiado e nos detalhes em close, toda a parafernália do técnico, agora em proporções gigantescas. Inesquecível e lendária a sequencia em que Jessica Lange é agarrada pelo animal.

Valeu-lhe seu primeiro Oscar em 1977! Um prêmio especial pelos efeitos visuais, porque a categoria ainda não existia.

Os outros seriam em 1980 por Alien, o Oitavo Passageiro (Alien, 1979 de Ridley Scott) e 1983 por ET. Vai a tempo de ganhar em vida um quarto pela contribuição fantástica à sétima arte.

As imagens menores são um oferecimento Mundo Monstruo

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6Comentários

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  1. Juro que não gosto desse pensamento de "não se mexe em time que está ganhando", por essa linha de raciocinio ainda estariamos no cinema mudo.

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  2. Diogo, não! Nesse caso é diferente. Não se tratou de um avanço técnico, ou remendo, pq não havia o que remendar.

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  3. Muito bom esse Film Socialisme, baixei ilegalmente pela internet ontem. hahaha

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  4. Rapaz, só sei de uma coisa, computação gráfica pode ser maravilhosa, mas às vezes sinto falta das maquiagens convincentes, das roupas e bonecos que realmente existiam no set. O ar é outro.

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  5. Igres, pode tudo! O que não pode é desmerecer quem mandava bem antes.

    Achar que o mais importante num filme é o realismo da CG.

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