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O Inventor da Mocidade



Professora Lígia foi a santa mulher que, em épocas de ginásio e colegial, cumpriu a façanha de me fazer achar alguma graça naquilo ali. Sambei bonito em praticamente todas as matérias sempre. Era tão enfadonho ficar sentado ali, naquele frio, ouvindo sobre os afluentes do Solimões, paroxítonas, raízes quadradas... Hoje em dia isso me é de uma utilidade avassaladora! Só não aprendi onde entram o W e o Y no abecedário! Lígia e suas aulas pra frentex conseguiam me tirar o sono. Era um grande teatro em que às vezes metade da classe era os senhores feudais, em outras, escravagistas... Nunca tive cadernos em dia com nada, quando os tinha, mas em suas aulas isso nunca importou muito. Bastava prestar atenção e touché! Poucas vezes tirei menos que 10 em História. E pra começo de conversa, sempre disse que o que menos importa é decorar datas e, sim, os fatos. Tá? A necessidade é a mãe das invenções, era outra frase brilhante (se é que era dela). Andei tendo um destes lampejos ontem. Pode não revolucionar o mundo, mas hambúrgueres congelados retangulares me dariam menos preguiça de comê-los. Uai, não é quase este o formato de um pão francês? Filãozinho, cacetinho, chame como quiser... Aquelas bordas saltando só não são piores que salsicha em hot dog escapulindo pelos fundilhos. Prefiro não comer a passar estresse! E me sentindo o Thomas Edson, passei a idéia via 0800 para uma destas empresas logo pela manhã, antes que me esquecesse. Afinal antes de ontem tive outra. Os ônibus circulares poderiam ter um dispositivo, e quem quisesse teria outro em sua casa. Assim que o coletivo se aproximasse a uma certa distância, ouviríamos um bip, a tempo suficiente para se fechar a porta e ir até o ponto. E compraria na hora isqueiros e controles remotos que também dessem um bip quando se assobiasse.


[Ouvindo: Gal Costa - Odara]

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