Sem título

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Samba do Grande Amor
"Amigo senhor, saravá
Xangô mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha não vá
que muito vai se arrepender"
(V. M. Canto de Ossanha)

Não olho mais para vida como uma grande loteria. Errar ou acertar é mais que uma questão de sorte. É uma questão de se colocar o cavalo, a dama, e/ou o rei nos devidos lugares. Aquela visão romântica que aprendemos e acreditamos a vida toda é falsa! Claro que como diz aquela música, o revolver dos nossos sonhos atira no que vê, não necessariamente acertando. Errei, e se não me ligar errarei outras mil e quinhentas vezes ao falar abertamente que "tô sem saco para ir a tal lugar... Não suporta a mesma música... Tua família é intragável, respeite meu direito de não querer conviver com essa gente". Também sempre errei ao esperar o mesmo tipo de sinceridade, acreditar muitas vezes mais pela boca de 3ºs de que é um casal perfeito, mesmo que no meu íntimo saiba que assim que meus pés de barro forem descobertos, lá se foi outro amor eterno. Principalmente, erro em esperar sempre algo. Afeto, palavras, cumplicidade. Preciso aprender a não dividir nada. Preciso aprender a ser só. Melhor ainda, acreditar uma vez por todas que sou só, e que isso não mudará de mãos dadas. O que não consigo deixar de ser é fiel aos meus sentimentos. Posso dar a volta ao mundo, deitar com meio mundo, mas meus sentimentos são de quem, ou do que, já os ofereci. Para o bem ou para o mal, sou atento a todo amor.


Ouvindo: Três da Madrugada - Nouvelle Cuisine

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