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Osvaldão da Lúcia
Sempre me espanto como as pessoas aparecem, e somem de nossas vidas... Algumas deixam marcas profundas, doídas, outras são brisa leve, e outras nem ao menos balançam nossa franja (se eu tivesse uma, claro!)! Volta e meia penso na época em que entrei no jornal, pirralho de tudo, apenas com um fanzine xerocado no currículo! Tinha uma moça que trabalhava lá, na minha mente uma mulher chegada num biquini de bolinhas amarelinho! Gastavamos horas a fio discutinho a futilidade da vida. Nos autodenominávamos campeões da cultura inutil! Metia a boca quando ela namorava tipos com QI suspeito... "Miguel, pra comentar o último Almodóvar eu tenho você!!!" Descobri assim quem era Fellini (dolce vita!), paixão por Chico, gosto pelo gosto duvidoso, e até aprendi (maldita hora!!!) como tragar um Marlboro! Quarta-feira, "Se o chefe perguntar, tô fazendo uma entrevista, já volto!" E lá ia passar horas na manicure da esquina... Muitas vezes fui junto para rir dos absurdos nomes dos esmaltes. Quinta era dia de abandonar a redação e "encher o caneco de beer"... Que mau exemplo! Hoje, moramos na mesma cidade de novo, um lugar minusculo, e não nos vemos a anos! É inegável sua importância, e o quanto ha dela em mim, mas nem sei se sinto falta! As vezes, fico feliz só em saber que ela existe, ou existiu, pelo menos para este humilde escriba, no passado.

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